sexta-feira, 9 de março de 2012

PRA PENSAR E PENSAR


"Amo a liberdade
por isso deixo livre as pessoas que amo.
Se voltam, é porque as cativei.
Senão é porque nunca as possuí."

Og Maron. Arquivo pessoal.

A TEORIA DAS ALMAS GÊMEAS

Existem varias lendas gregas que falam sobre almas gemeas, mas sem duvidas essa é a melhor de todas elas. Segundo a lenda, ao serem criados, os humanos não tinham a aparencia que temos hoje em dia.
Os humanos eram seres misicos, Tudo começou no Olimpo ha muitos milênios atrás, quando a civilização era habitada por seres míticos, que possuiam quatro braços, quatro pernas, duas cabeças, dois troncos, mas com apenas uma alma, rica em harmonia e amor.Existiam aqueles que possuiam duas cabeças membros de homens, as de duas cabeças e membros de mulheres, e tambem existiam os androgenos, que eram metade homem e metade mulher, com dois membros e cabeça de cada. Os deuses, com inveja dessa hamonia, começaram uma terrivel guerra. A deusa do amor, Afrodite e seu filho Eros fizeram de tudo para evitar a guerra, porém sem sucesso.

Um dia, os humanos resolveram subir o monte Olimpo e encontrar diretamente com os deuses, então, o todo poderoso Zeus, rei dos deuses, furioso, antes que conseguisse atacou os humanos com uma quantidade destruidora de raios. Pegos de surpesa, os humanos foram atingidos pelos raios e cairam do Olimpo. Ao recobrarem a consiencia, os humanos perceberam que o raio de Zeus tinha veito mais do que simplesmente derruba-los. O verdadeiro objetivo de Zeus era dividir o corpo de todos os humanos e tambem suas almas em dois. A agua arrastou seus corpos e entao eles perderam sua metade. Desesperados começaram a procura-la. Aqueles que tinham dois corpos masculinos começaram a procurar em outros homens sua metade gemea, aquelas que tinham dois corpos femininos passaram a procurar suas metades em outras mulheres...já os ate então androgenos, passaram a procurar suas metades inversas... e os seres humanos começavam sua busca eterna por sua alma gemea... Zeus havia aplicado seu castigo mais cruel!!!
Quanto a isso podemos perceber que os ate entao "normais",com dois pares de membros do mesmo sexo, são os homossexuais de hoje, pois procuram sua metade do mesmo sexo, enquanto os ate entao "androgenos" ou "hermafroditas" hoje saão os heterossexuais, procurando suas metade de sexo oposto. Sem duvida alguma e uma lenda muito bonita sobre alma gemeas, poois fala tambem de igualdade.


quinta-feira, 8 de março de 2012

JOÃO W. NERY CONTA AS MEMÓRIAS DE UM TRANSEXUAL 30 ANOS DEPOIS em VIAGEM SOLITÁRIA

“Em 1977, João Nery foi pioneiro ao se tornar a primeira mulher do Brasil a mudar de sexo. Mais de 30 anos depois, ele conta como é a vida de quem é estrangeiro do próprio corpo.” Assim começa Millos Kaiser sua reportagem “Corpo Estranho”, que é reproduzida no livro. Em plena ditadura militar, o ex-psicólogo usou o mesmo recurso dos militantes clandestinos: a partir de uma certidão de nascimento tirada no interior, com nome masculino, tornou-se um homem “legal”, mas sem currículo. Foi ser motorista de táxi.
“Ao contar sua infância, sua juventude, ao descrever suas relações com pais, irmãs, amigos da pracinha, passageiros de seu táxi, ao falar de seus sentimentos e pensamentos, cria um universo capaz de dobrar o mais resistente dos leitores. Em seu texto este homem está inteiro, acima das limitações impostas pela cirurgia, das cicatrizes deixadas pela experiência pioneira e, por isso mesmo, mais agudamente solitária. O texto deste João é fiador de seu projeto de vida.”
O entusiasmo do antropólogo Helio Silva, um dos pioneiros da pesquisa sobre transidentidades no Brasil – ainda que esse conceito seja recente – revela a importância do relato do autor, ele próprio um profissional da saúde mental, ajudando a derrubar o velho preconceito que via o transexualismo como transtorno de personalidade, uma doença mental. Simone Ávila, pesquisadora do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS/UFSC), introduz o conceito de transhomem, para falar de João Nery.
                Testemunho, drama, informação de primeira mão: o livro de João Nery interessa aos estudiosos, aos curiosos, ou simplesmente ao leitor interessado num bom texto sobre uma história verdadeira.
Sobre o autor
João W. Nery publicou “Erro de Pessoa: João ou Joana?” em 1984, pela Record, graças ao empenho pessoal de Ruth e Antonio Houaiss, que fez o prefácio, terminando assim: “Leiam e humanizem-se.”
O “Acerto de Pessoa, Memórias de um Transexual Trinta Anos Depois” é uma releitura do livro anterior e a sua continuação, com a grande revelação: João torna-se pai, ainda que não biológico, de um filho que hoje está com 24 anos, formando-se em Engenharia e morando com a namorada. É o grande acerto de João, não importa o gênero.
O autor nasceu em 1950 no Rio de Janeiro, numa família com princípios rígidos mas muito amorosa. Nos agradecimentos do livro, lá está a referência aos pais, que não o impediram de ser o que é hoje.
Ao perder o diploma de psicólogo, por causa da identidade irregular, trabalhou numa usina de concreto, foi artesão, terapeuta corporal, técnico em computador, professor universitário substituto. Sempre escreveu poesias, algumas delas transcritas neste livro.
A recente conquista do espaço de cidadania pelas transidentidades permite ao leitor em geral conhecer mais de perto o drama vivido pelos indivíduos que não se enquadram nas antigas e rígidas categorias que a sociedade criou.
“Leiam e humanizem-se”.

“João Nery é uma referência nacional não só por ter sido o primeiro transhomem [operado] do Brasil, mas também por sua generosidade e coragem em compartilhar sua experiência singular.”
(Simone Ávila, pesquisadora).
A minha primeira impressão é que João não nasceu mulher e quis virar homem. Nada disso. João nasceu homem, mas preso num corpo de mulher.
(Millos Kaiser, jornalista).
“Este é um livro sobre integridade, um valor muito caro à sociedade de João. Devolve ao leitor o paradoxo da relação entre integridade e mutilação: chegar à mutilação em nome da integridade.”
(Hélio Silva, antropólogo).
“‘Acertar a pessoa’ é como acertar uma roupa para que ela caiba melhor. Só que, nesse caso, a roupa é o próprio corpo. A impressão que fica do livro é que todos nós vamos nos acertando aos poucos, não importa se trans, homo ou hétero. Acho que por isso a história é tão interessante.”
(Julia Lugon, designer).

Maiores informações:

Og Maron. Arquivo de Internet .

sábado, 3 de março de 2012

OUTRO MAR (Isabella Taviani)

Não digo mais nada
É melhor ficar calada
Que machucar seu coração
Palavras não desistem
De alcançar o entendimento
No nosso caso, discussão
E eu tenho medo
O silêncio quer gritar
Que me perdoe
Eu não posso mais ficar
Eu não quero mais

A festa acabou
Meu vestido puiu
Nosso copo secou
Na última dança
Pisei teu sapato
A orquestra parou


 
Abro as portas pra vida
Pra ser vivida
Abro os meus braços pro mundo
To livre sem rumo
Fecho meu corpo pra dor
Porque ainda é cedo pra viver um novo amor
 
 
E quando essa hora chegar
Impossível não saber
Sou um rio correndo pro mar
Para outro mar
Para outro mar
 
Abri as portas da vida, louca vida
Abri meus braços pro mundo
Não to mais sem rumo
Livrei meu corpo da dor
Porque chegou a hora de viver um novo amor


Og Maron. Arquivo pessoal e de Internet http://letras.terra.com.br/isabella-taviani/836053/.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Og 2012

Eu tava chateado, confuso, irritado, magoado. Por isso dei um tempo do blog. Não tava com cabeça nem sentimentos pra cá. Queria dar um tempo de mim na net. Tava pensando em muita coisa ao mesmo tempo. Muita água passou embaixo da minha pontezinha lilás. E ainda vai passar muito mais. Agora, quero me dedicar mais a mim, ao meu coração, ao artista, ao homem que eu sou e pretendo ser. O tempo passa rápido demais. E nós? Nós somos passageiros. O tempo? O tempo leva nossa juventude, nossos sonhos, nosso pensamento bobo. Eu quero viver sem pensar muito em muita coisa ao mesmo tempo. Se eu não conseguir? Pelo menos eu vou tentar. Não tenho nada a perder. Eu quero aprender, mesmo que isso doa, faça sofrer ou me machuque. Eu quero tentar ser sempre um homem melhor pra minha familia, pros meus amigos, pro meu namorado (ou pro(s) proximos), pro mundo e pra mim principalmente.

Og Maron. Arquivo pessoal.