segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Carta a Presidente

Excelentíssima senhora Presidente,
Tenho certeza que esta vendo os absurdos que a TV esta passando.
Todo dia nos jornais, nos deparamos com as mesmas noticias.
Talvez não damos tanta importância porque é só papel e nem todos ficam sabendo ou param pra ler.
E eu me pergunto:
- O que adianta saber?
Por mais incomodado que eu fique não posso fazer nada.
Dizem que a voz do povo tem poder.
-Será?
Nós fazemos manifestações, expomos nossas opiniões.
- Mas e aí?
- Somos ouvidos?
Recentemente, fui a minha primeira parada gay. Foi a 15ª parada no Rio. É um evento muito bonito. As pessoas (Todas. Sem exceção), estavam, aparentemente, felizes. O único problema é que eles bebem, alguns bebem demais e acabam “dormindo” na areia da praia.
Fora isso, o que me chamou mais atenção, foi justamente a confraternização, a integração, a união das “tribos”.
Em certo momento, uma “companheira” me disse o seguinte:
- O metro tava tão alegre. Lotado com sempre, mas alegre, feliz. Se todos os dias fossem assim, com certeza o resto do dia seria um pouquinho diferente.
Não quero defender só a minha “turma”.
Eu quero um mundo melhor! Um mundo mais colorido! Um mundo mais feliz!
- Pra que violência?
Eu quero poder sair à noite sem medo de perder a vida.
Sou viado, negro, papagaio, rei, puta e anjo.
Perdoe-me o vocabulário meio vulgar e chulo. Mas sou artista, ator. É meu mundo. Acredito no respeito e no amor.
Sinceramente não faço à mínima ideia do que pode ser feito pra erradicar a violência e a discriminação.
Eu quero um mundo, ou pelo menos, um País menos intolerante.
Não sei se pode fazer alguma coisa.
Mas peço encarecidamente que faça a diferença!

Um abraço.
Og Maron. Fotos de Internet.

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